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Inclusão e exclusão digital - um olhar para a educação

Os processos de exclusão ao acesso, seja à tecnologia, educação, meios de produção, etc. são inerentes ao sistema capitalista. Com o surgimento e avanço dos dispositivos digitais e seus mais diversos usos, não seria diferente. Portanto, num primeiro momento do texto, já vale resgatar a fala do professor André na palestra sobre Inteligência Artificial, em que ele nos lembra que as tecnologias não são neutras, elas são produzidas em favor de um determinado grupo social. Isso afeta todas as esferas sociais, visto que o mundo digital se alastrou nos mais diversos campos profissionais, de prestação de serviços, compra e venda, saúde, e o que mais nos atinge e interessa aos nossos estudos, na educação.

Os grupos incluídos e excluídos tecnologicamente no mundo da educação sempre existiram, quando por exemplo escolas de idiomas mais elitizadas já utilizavam lousas digitais, jogos online, e diversas ferramentas e plataformas interativas no início dos anos 2000, o ensino básico público mal oferecia dicionários para os alunos.

O que não estava previsto, era o quão escancarado e ainda mais desproporcional esse cenário se tornaria durante e pós pandemia. Por um lado, a pandemia trouxe para o mundo da educação um grande avanço, com a possibilidade de aulas online, mais interativas, com maiores recursos para o ensino aprendizagem. Por outro, um número alarmante de crianças e adolescentes abandonando (ou forçados a abandonar) o ensino, por falta de acesso ao mínimo para uso de recursos digitais, como computador e internet.

Os incluídos digitalmente obtiveram um mundo novo de possibilidades à sua frente, assim como os educadores, que expandiram suas alternativas de métodos de ensino, sendo assim, o avanço da tecnologia também pode ser considerado um avanço para a educação. Porém, os excluídos e segregados, viram a possibilidade de trilhar um caminho na educação ainda mais distante. A exclusão e inclusão digital na educação ultrapassa os muros da escola em muitas esferas, e está além da possibilidade dos educadores em solucionar o problema. Porém, mesmo conscientes que uma solução de fato não está (apenas) em nossas mãos, dentro das nossas possibilidades devemos trabalhar no sentido de responder a questão: o que é possível e o que deve ser feito para diminuir a desigualdade digital na educação? Ainda não temos uma resposta, mas debates como este nos ajudam a pensar na problemática, discutir e colaborar com nossos colegas e avançarmos para construir um ambiente escolar e educacional mais justo e igualitário no que diz respeito ao acesso às novas tecnologias na educação.



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